domingo, 10 de outubro de 2010
Richard Dawkins e o ateísmo
Sobre o assunto, segue:
domingo, 18 de julho de 2010
domingo, 2 de maio de 2010
'Children DO NOT read horoscopes'...
Quem se interessar pelo estilo do DeGrasse, pode querer dar uma olhada nesses outros vídeos:
The god of the gaps: aqui ele fala sobre como a idéia do design inteligente (conhecido na língua portuguesa como argumento do desígnio) surge mesmo entre os pensadores mais importantes da História e como esse vício atrasa o progresso científico em séculos;
Ten questions for Neil DeGrasse Tyson: dá pra perceber que o DeGrasse fala muito em Newton. Preciso dizer que concordo com ele nesse aspecto — a maioria dos físicos concorda —, porque é indiscutível que Isaac Newton foi a epítome, a personificação do rigor e da eficiência do método científico. Ele formulou perguntas (importantes), procurou respondê-las (e conseguiu responder a maioria delas) a partir de primeiros princípios e pra isso chegou a desenvolver, sozinho e a partir do nada, ferramentas matemáticas sofisticadíssimas, que são a base de toda a matemática usada hoje pelos cientistas. Como diz o DeGrasse, depois de tudo isso, a próxima coisa que ele fez foi completar 26 anos;
Dawkins vs. Tyson: dessa vez eu concordo com o Dawkins, hehe... Eu tenho uma opinião sobre esse assnunto: em geral, a visão de mundo e o comportamento de alguém são fruto da educação recebida em casa, assim como dos costumes sociais da comunidade, do grupo de amigos com quem essa pessoa convive, se ela tem ou não uma religião e do conjunto de dogmas dessa religião...
The Universe is in us: aqui o DeGrasse fala um pouco sobre o vislumbre que os astrônomos e astrofísicos (e todo mundo, sejamos sinceros) experimentam quando tentam entender as estruturas do céu noturno. Ele também desenterra antigos argumentos do Carl Sagan: (1) nós somos matéria estelar (star stuff), ou como ele prefere, poeria estelar (stardust); (2) observar o universo real pode ser tão catártico e apoteótico quanto a religião, ou seja, o universo é bonito por si só, sem que haja a necessidade de imaginar entidades fantasmagóricas como deus, o saci-pererê e o papai noel.
Outros vídeos interessantes do DeGrasse e outros divulgadores da ciência podem ser encontrados, obviamente, no youtube, a partir dos vídeos relacionados aos que eu citei. Boa viagem.
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* Finalmente fui conferir no novo acordo ortográfico: o ditongo aberto só perdeu o acento em palavras paroxítonas como ideia e paranoia, mas permanece nas palavras oxítonas como constrói. Mas o fato é que eu não aderi a essa mudança, como é possível perceber.
sexta-feira, 26 de março de 2010
Hora do Planeta: 2010
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Porque criacionistas e evolucionistas não se entendem
A few hundred years ago, deep in the jungle, a girl monkey goes into labor.
Monkey Boyfriend: You can do it, sweetie.
With a loud monkey noise, she gives birth.
Monkey Doctor: It's a new species!
Monkey Boyfriend: We'll call it humans.
An elderly fish enters, pats the chimpanzee on the back.
Fish: I'm proud of you, son.
Monkey Boyfriend: Thanks, dad.
(SIDE NOTE: The monkeys are not married.)
Years later, the human boy is cornered by some predators.
Human boy: Crap. Better evolution-ize.
The boy evolves some laser eyes, or possibly wings. He easily defeats all the predators.
CREATIONISM, as understood by an evolutionist:
A kindly, bearded white man in a pointy hat and starry robe appears.
God: Sup.
He pulls out a small, oak wand and waves it around.
God: Expecto existentia!
America is created, as well as some other stuff.
Adam: Wait, what about these?
Adam holds up some large bones.
God: Oh, those? Millions of years ago, a massive race of dragon-like animals roamed the Earth. Then they all died in a mass extinction. Same thing could happen to you, actually.
Adam: Really?
God: Naw, I just put those there as a goof. Now go start writing the Bible. It's already 4,000 B.C., there's no time to waste.
Adam: What does the "B.C." stand for?
God: Ah, you'll figure it out.
Fonte: http://www.collegehumor.com/article:1776683
sábado, 4 de julho de 2009
Pale Blue Dot
Filme produzido por Michael Marantz, leitura de Carl Sagan.
"We were hunters and foragers. The frontier was everywhere. We were bounded only by the Earth, and the ocean, and the sky. The open road still softly calls. Our little terraquious globe as the madhouse of those hundred thousand millions of worlds. We, who cannot even put our own planetary home in order, riven with rivalries and hatreds; Are we to venture out into space? By the time we're ready to settle even the nearest of other planetary systems, we will have changed. The simple passage of so many generations will have changed us. Necessity will have changed us. We're an adaptable species. It will not be we who reach Alpha Centauri and the other nearby stars. It will be a species very like us, but with more of our strengths, and fewer of our weaknesses. More confident, farseeing, capable, and prudent. For all our failings, despite our limitations and fallibilities, we humans are capable of greatness. What new wonders, undreamt of in our time, will we have wrought in another generation? And another? How far will our nomadic species have wandered by the end of the next century? And the next millennium? Our remote descendants, safely arrayed on many worlds through the solar system and beyond, will be unified by their common heritage, by their regard for their home planet, and by the knowledge that whatever other life there may be, the only humans in all the universe come from Earth. They will gaze up, and strain to find the blue dot in their skies. They will marvel at how vulnerable the repository of raw potential once was. How perilous, our infancy. How humble, our beginnings. How many rivers we had to cross before we found our way."
"From this distant vantage point, the Earth might not seem of any particular interest. But for us, it's different. Consider again that dot. That's here. That's home. That's us. On it everyone you love, everyone you know, everyone you ever heard of, every human being who ever was, lived out their lives. The aggregate of our joy and suffering, thousands of confident religions, ideologies, and economic doctrines, every hunter and forager, every hero and coward, every creator and destroyer of civilization, every king and peasant, every young couple in love, every mother and father, hopeful child, inventor and explorer, every teacher of morals, every corrupt politician, every superstar, every supreme leader, every saint and sinner in the history of our species lived there - on a mote of dust suspended in a sunbeam. The Earth is a very small stage in a vast cosmic arena. Think of the rivers of blood spilled by all those generals and emperors, so that, in glory and triumph, they could become the momentary masters of a fraction of a dot. Think of the endless cruelties visited by the inhabitants of one corner of this pixel on the scarcely distinguishable inhabitants of some other corner, how frequent their misunderstandings, how eager they are to kill one another, how fervent their hatreds. Our posturings, our imagined self-importance, the delusion that we have some privileged position in the Universe, are challenged by this point of pale light. Our planet is a lonely speck in the great enveloping cosmic dark. In our obscurity, in all this vastness, there is no hint that help will come from elsewhere to save us from ourselves. The Earth is the only world known so far to harbor life. There is nowhere else, at least in the near future, to which our species could migrate. Visit yes. Settle, not yet. Like it or not, for the moment the Earth is where we make our stand. It has been said that astronomy is a humbling and character building experience. There is perhaps no better demonstration of the folly of human conceits than this distant image of our tiny world. To me, it underscores our responsibility to deal more kindly with one another, and to preserve and cherish the pale blue dot, the only home we've ever known."
A música é melosa, mas a idéia do pálido ponto azul é legal. Carl Sagan fez bastante lobby para que a sonda Voyager 1 virasse e tirasse uma foto da Terra vista de muito longe, para inspirar nas pessoas o sentimento tão comum entre os astrônomos e astrofísicos: a Terra é apenas mais um frágil e minúsculo ponto azul em um imenso universo. Somos apenas uma pequena parte dele. A Voyager já saiu do sistema solar e leva consigo um disco de cobre e ouro com imagens e sons da Terra. O cartão de visitas do pálido ponto azul para as outras civilizações.
Fonte: http://www.geeksaresexy.net
sexta-feira, 3 de julho de 2009
Pausa na série
Não sou muito familiar com o trabalho de John Nash, mas quem viu A Beautiful Mind vai entender melhor a tirinha abaixo:
Fonte: http://xkcd.com/182/
sábado, 27 de junho de 2009
Episódio 1 - O primeiro NERD: traduzindo a beleza da Natureza
Vamos supor que no ano de 1860 você [a rainha Vitória] tem uma idéia visionária, tão ousada que teria sido rejeitada pelo editor de Júlio Verne. Você quer uma máquina que transporte a sua voz, bem como imagens em movimento da glória do Império, para dentro de cada casa do reino. Além disso, os sons e as imagens não devem passar por condutos ou fios, mas vir pelo ar - para que as pessoas possam receber mensagens inspiradoras instantâneas, destinadas a assegurar a lealdade e a ética no trabalho. A palavra de deus também poderia ser transmitida pela mesma invenção. Sem dúvida, outras aplicações socialmente desejáveis seriam encontradas.
Assim, com o apoio do primeiro-ministro, você reúne o gabinete, o estado-maior imperial e os principais cientistas e engenheiros do Império. Você vai alocar 1 milhão de libras para esse projeto, é o que lhes comunica - muito dinheiro em 1860. Se precisarem de mais, é só pedir. Você não quer saber como eles vão criar o mecanismo; que o inventem tão-somente. Oh, sim, vai ser chamado de Projeto Westminster.
Provavelmente, algumas invenções úteis emergeriam de todo esse empenho - "produtos secundários". Eles sempre aparecem, quando se investem imensas somas em tecnologia. Mas o Projeto Westminster fracassaria com quase toda certeza. Por quê? Porque a ciência subjacente não fora desenvolvida. Em 1860, o telégrafo já existia. Podiam-se imaginar, a um custo muito elevado, aparelhos de telegrafia em cada lar, as pessoas fazendo pontos e traços para enviar mensagens em código morse. Mas não era isso o que a rainha queria. Ela tinha em mente o rádio e a televisão, mas eles estavam muito fora de alcance.
No mundo real, a física necessária para inventar o rádio e a televisão viria de uma direção que ninguém poderia ter previsto.
James Clerk Maxwell nasceu em Edinburgh, na Escócia, em 1831. Com dois anos de idade, descobriu que podia usar um pedaço de lata para fazer a imagem do Sol ricochetear na mobília e dançar contra as paredes. Quando seus pais chegaram correndo, ele gritava: "É o Sol! Eu peguei o Sol com o pedaço de lata!". Na sua infância, ele era fascinado por insetos, larvas, pedras, flores, lentes, máquinas. "Era humilhante", lembrou mais tarde sua tia Jane, "ouvir tantas perguntas que não se conseguia responder de uma criança assim".
Maxwell era um nerd."
O que a rainha Vitória queria era uma tecnologia capaz de transmitir sinais à distância pelo ar. Hoje se faz isso usando ondas de rádio que carregam sinais de televisão, rádio, internet, gps etc. Essas ondas de rádio são exatamente idênticas às ondas luminosas que nossos olhos conseguem enxergar, exceto pela sua frequência.
A luz que vem do Sol, das lâmpadas elétricas, do fogo, da tela do computador e que reflete nos objetos nos permitindo ver o que nos cerca, possui a mesma natureza eletromagnética que compõe as ondas de rádio, as microondas, os raios ultravioleta (UV que causam câncer de pele) e infravermelhos e até os raios-x: tudo isso é luz. Só que nossos olhos não possuem células capazes de enxergar luz em frequências além das ditas visíveis (obviamente).
Mas por que se usa ondas de rádio para enviar sinais de TV e rádio e emitir pulsos de radar? Porque as ondas de rádio possuem frequências baixíssimas (longos comprimentos de onda) e quanto maior o comprimento da onda, maior o seu alcance.
Essa noção de que a eletricidade e o magnetismo se unem para formar a luz foi uma das inúmeras contribuições de Maxwell para o conhecimento científico. Ele não tinha interesse em descobrir particularmente a natureza da luz. Estava apenas curioso por entender como a eletricidade gera magnetismo e vice-versa. A curiosidade de um cientista (de um NERD!) foi mais que suficiente para resolver o problema que tornou os milhões de libras e os melhores engenheiros da rainha completamente impotentes.
Maxwell compilou o conhecimento produzido pelo físico dinamarquês Hans Christian Örsted sobre o fenômeno da indução magnética e as descobertas do físico inglês Michael Faraday que complementavam as experiêcias de Örsted produzindo indução elétrica. O nerd primordial conseguiu sintetizar tudo o que era conhecido sobre eletricidade e magnetismo na sua época (acrescentando suas próprias correções) e escreveu as suas famosas quatro equações:
São necessários alguns anos de estudo de física e matemática para entender realmente estas equações, mas para o propósito desse post, basta que o leitor saiba preencher as lacunas.
Faça-se saber que E representa o vetor campo elétrico e B representa o vetor campo magnético.
A primeira das equações acima se chama lei de Gauss e diz que a divergência do campo elétrico é igual a densidade de carga envolvida por uma tal superfície chamada superfície gaussiana. Em outras palavras, uma carga elétrica gera um campo elétrico. Esta equação praticamente define a divergência. A divergência pode ser entendida como um operador que mede a intensidade da fonte geradora de um campo. No caso da lei de Gauss esse campo é o campo elétrico. Tente atravessar essa conversa matemática, caso você não tenha treinamento nessa área: se eu tiver alguma competência como escritor, vai valer a pena daqui a pouco.
A terceira equação é chamada equação de Maxwell-Faraday e afirma que a variação de um campo magnético (representada à direita da igualdade) implica na indução de um campo elétrico.
Na quarta equação, chamada de lei de Ampère-Maxwell, pode-se perceber o segundo sinal de assimetria. Ela determina que o campo magnético pode ser gerado de duas formas: através do fluxo de elétrons, também chamado de corrente elétrica (representada pelo termo J) ou através da variação do campo elétrico (o último termo à direita, acrescentado por Maxwell), como ocorre na equação anterior.
O que se conclui dessas equações, se as compararmos de maneira ingênua, é que não existe um termo de densidade de carga magnética nem de corrente magnética. Em outras palavras não existe carga magnética. As unidades geradoras do magnetismo, como eu já falei antes, só aparecem em pares: os chamados dipólos.
Então eu pergunto: o que podemos fazer para tornar simétricas as equações de Maxwell? Afinal a Natureza não cansa de mostrar sua afinidade inesgotável pelas simetrias. O que acontece se inserirmos à mão um termo de densidade de carga magnética e corrente magnética, dessa forma:
Aí aparecem alguns constantes diferentes porque essas equações estão escritas em um sistema de unidades diferente, mas isso não muda em nada o fenômeno que elas descrevem.
Estas são as equações de Maxwell na presença de MONOPÓLOS MAGNÉTICOS (oh yeah baby!). São perfeitamente simétricas se trocarmos E por B, salvo por algumas constantes (mas vou evitar o detalhe matemático) como era de se esperar. Se existirem cargas magnéticas isoladas, como os elétrons e prótons existem na eletricidade, essas são as equações que descreveriam o eletromagnetismo. Perceba que elas são invariantes por transformações de Lorentz como as equações originais, portanto descrevem a física de referenciais inerciais em movimento relativo.
Mas e daí? Ora, Eduardo, você me mostrou que os monopólos magnéticos são um requisito estético na teoria eletromagnética. É assim que se faz física? Se for bonito, é só colocar à mão?
Ahá. Claro que não caro leitor. No próximo post eu vou falar como os monopólos podem ter surgido quando o universo jovem e homogêneo sofreu uma quebra espontânea de simetria SO(3) e se transformou na maravilhosa bagunça heterogênea que é hoje (heterogeneidade da qual nós somos fruto direto). Também vou falar em outros tipos de defeitos topológicos e nos conceitos geométricos envolvidos (são interessantes). Quem sabe um dia eu chego nas viagens no tempo.
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Apêndice:
As equações de Maxwell não descrevem a luz só porque os físicos querem e dizem que é assim. Não vou reproduzir os cálculos por razões óbvias (não tenho a intenção de catalogar aqui conhecimento acadêmico), mas todo aluno de começo de curso sabe fazer isso: se você tomar o rotacional das equações de Maxwell-Faraday e Ampère-Maxwell depois substituir as equações de Gauss, usando também a relação para o rotacional do rotacional, chega-se nas seguintes equações:
- Que são equações de onda para os campos eletromagnéticos e descrevem o comportamento da luz. Esse resultado FENOMENAL é fruto da curiosidade e do talento sem precedentes de James Clerk Maxwell, o primeiro nerd.
terça-feira, 23 de junho de 2009
Série: das equações de Maxwell às viagens no tempo
As equações sugerem a existência de um objeto chamado monopólo magnético, o análogo à carga elétrica para campos magnéticos. Este objeto é um defeito topológico.
Vou falar sobre outros tipos de defeitos topológicos e sobre "topologia" em si: o conceito de métrica, geometria, as formas como estes conceitos abstratos se manifestam no universo e como falhas nessa estrutura representam fenômenos incríveis, dentre eles a viagem no tempo.
Percebam que eu gosto de falar em viagem no tempo. Sim, isso atrai os leitores. Mas tenha em mente que pra mim (e pra qualquer físico sério), a viagem no tempo é o elo perdido (foi mal Waltécio), o santo Graal da física. Nada que deva ser levado a sério, hehehe... Pelo menos por enquanto, durante a pré-adolescência da espécie humana.
Vivemos uma época onde a tecnologia apenas começa a se desenvolver e portanto temos pouco ou nenhum controle do que acontece no nosso planeta. Muito menos dos fenômenos que acontecem entre os titãs magníficos do universo: estrelas, buracos negros, galáxias, nebulosas etc. Para dizer a verdade, temos muita dificuldade em visitar a nossa Lua (em geral isso requer os especialistas mais competentes do mundo, a melhor tecnologia disponível e MUITO dinheiro) e a nossa Lua está praticamente ali ao lado. Para dizer uma verdade ainda maior, estamos descobrindo que temos dificuldade até em sobreviver na Terra sem se auto-destruir. Portanto, manipular supostos defeitos topológicos que aconteceriam num universo densamente energético e usá-los para viajar no tempo (vamos entender isso melhor em seguida) parece fora de questão, então devemos nos concentrar em fazer física séria e benéfica para a humanidade. "Infelizmente" é muito divertido estudar física teórica.
Dessa forma, concluo essa introdução deixando uma opinião pessoal que me fez, desde muito cedo, averso à religiosismos, superstições e ao sobrenatural: o universo real é infinitamente mais bonito e interessante que aquele universo confeccionado na cabeça das pessoas. Vou deixar isso claro nos próximos posts.