quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Maxwell

Quando eu estava na graduação tive a sorte de ter alguns professores realmente inspiradores. Alguns realmente marcantes, como o prof. Eugênio R. B. de Mello que acabou se tornando meu orientador e com sua exigência lendária conseguiu colocar na minha cabeça um pouco da física-matemática que me seria tão útil no futuro (e continua conseguindo me ensinar não só física-matemática).

Outro cidadão que teve um papel fundamental na minha formação acadêmica foi o prof. Carlos A. P. Galvão. Foi meu professor de mecânica geral (I e II) e de eletromagnetismo (I e II!). Talvez por ter feito graduação na área de engenharia (ou talvez por ser mais competente que a maioria das pessoas), o prof. Galvão sempre tinha uma forma excepcionalmente eficiente de interpretar e transmitir uma imagem clara das equações de Maxwell (e de quaisquer outros sujeitos que por ventura estivessem sendo estudados). Agora o prof. Galvão está de volta ao seu hábitat natural: o CBPF, mas deixou aqui na UFPB um eterno aluno, admirador e, espero eu, amigo.

Quando vi esse vídeo, não consegui deixar de lembrar dele. Aos desavisados, o vídeo abaixo pode ser interessante para qualquer um (leia-se leigo), mas a sua compreensão total requer conhecimento básico de integrais de superfície, derivadas e alguma familiarização com a teoria eletromagnética. Trata-se de um episódio de uma série de vídeos da Caltech intitulada The Mechanical Universe.



No meu próximo post vou avançar um pouco mais no tempo e vou falar da simetria nas equações de Maxwell e como sua estética sugere a existência de monopólos magnéticos. Também vou falar sobre este e outros defeitos topológicos como as cordas cósmicas (assunto que recentemente voltou a ser hit nas paradas de sucesso acadêmicas) e a máquina do tempo.